quarta-feira, 24 de junho de 2015

Esperança e Amor

Olá! Hoje tive um dia difícil, um dia que me deixou triste e, de certa forma, revoltada com a humanidade. Ao levar o meu filhote ao parque infantil deparo-me com adolescentes que ainda acham ter 12 anos, que ainda reclamam quando o meu filho e filhos de outros pais se chegam a uma diversão ocupada por eles. Entenda-se que o meu filho ainda não está perto dos 5 anos, crianças com estas idades querem e pronto, mas dei por mim a vê-lo privado de brincar aonde lhe apetecia. Não fiz nada uma vez que ele muito elegantemente lhes virou as costas e lá continuou, e quando lhe chamaram “mal-educado” quase desejei que o sangue nortenho falasse… Mas ainda bem que não.
Acabamos por ir embora e fomos dar uma bela volta ao centro comercial, onde alugamos um carrinho de criança porque ele estava cansadinho e passamos por mais uma situação. O meu marido estava a pagar a conta do super mercado e eu fui até o café, onde deixei o carrinho encostado a uma mesa por ser a que estava mais afastada da outra, e foi a forma que encontrei de “reservar” o nosso lugar, enquanto eu ia buscar o bolo da mamã e do bebé. Sempre de olho nele, pois estava preso no carrinho e a menos de 5 metros de mim, fico parva da minha alma quando vejo que o homem que estava à minha frente na fila pega no tabuleiro e se vai sentar ali mesmo ao lado do meu filho, com tantas mesas vagas, e ainda olha para ele e o ignora completamente! Mas da mesma forma que há pessoas parvas, há pessoas boas.
Vamos então acabar o dia em grande quando, ao apanhar o autocarro, nos sentimos aliviados para voltar a casa. Estava cheio mas logo houve uma senhora que cedeu lugar e lá me sentei com o menino. Não tinha nenhum lugar à minha frente naquele momento pois eram dois lugares virados para um, e quando a senhora que viajava ao meu lado se levantou, eu passo automaticamente para o lugar dela, encostadinhos à janela, quando a senhora que viajava de frente para nós fala com o meu filho de uma forma troglodita! Disse qualquer coisa como “Vens para aqui mas é para ficares quietinho com esses pés!” (ainda me estava a sentar e já ela estava a falar rudemente para o meu menino). Calei-me, primeiro pensei que o problema fossem as calças serem claras, mas depois achei que a senhora de 60 anos era pobre de espírito e não sabia o quão bom era a sua vida, apesar de ter um problema na perna por ter espetado um prego… A minha avó com a idade dela não saía de casa sozinha porque não podia! O meu marido ficou muito indignado e disse-me, no final da viagem, que se não tivesse entrado tanta gente, ele tinha ido lá falar com a senhora e dito que “se ela realmente tivesse um problema nas pernas nunca se devia sentar em lugares virados de frente um para o outro, pois da mesma maneira que o meu filho a poderia aleijar acidentalmente, qualquer adulto o poderia fazer!” e com razão… Mas que exemplo de respeito estes nossos idosos dão às nossas crianças? E ainda se queixam que os mais novos não respeitam, quando eles próprios passam à frente nas filas sem sequer pedir licença e quando falam para os novos com sete pedras nas mãos?
Mas sabe tão bem chegar a casa e ver notícias de ações de caridade e amor que partiram das mais variadas pessoas como Hailey Ford de 9 anos que constrói casas para os sem abrigo e ainda tem uma horta com o intuito de lhes dar algo para comer!
Como a história de um grupo de amigos que decidiu criar a Street Store, onde os sem abrigo podem escolher roupas como se estivessem numa loja, roupas essas doadas por cidadãos que lá passaram e algo deixaram! Nada melhor que visualizar o vídeo.
Se procurarem nos motores de busca vão encontrar imensas notícias deste género, mas dificilmente encontrarão a notícia de uma menina de 9 anos que faz da sua infância uma missão de vida! São estas pequenas coisas que me fazem ter esperança e amor pelo ser humano enquanto ser vivo.
Beijinhos
Patrícia

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